Museu Casa de Cultura Hermano José da UFPB será aberto em 2022
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abrirá o Museu Casa de Cultura Hermano José (MCCHJ) ao público no dia 7 de março de 2022. O equipamento cultural vinculado à UFPB permitirá a preservação e difusão da memória e do legado do artista plástico e docente desta Universidade, evidenciando sua contribuição para o desenvolvimento das artes e da cultura paraibana.
Com um acervo de caráter museológico, arquivístico e bibliográfico, o Museu Casa de Cultura Hermano José coleta mais de 25 tipologias de peças, incluindo obras em tela, metal, papel, madeira, cerâmica, além de coleções de bens culturais, móveis, objetos variados e uma biblioteca com aproximadamente 2700 títulos. O acervo como um todo é composto por mais de 6500 itens.
Criado oficialmente em 2018, a partir da aprovação pelo Conselho Universitário (Consuni), o projeto busca ativar o cenário cultural das artes visuais contemporâneas na cidade de João Pessoa, abrindo espaços e impulsionando oportunidades para o surgimento de uma nova geração de artistas paraibanos.
Desde 2020, a gestão da UFPB vem trabalhando para a reforma e organização do Museu, com o desenvolvimento do projeto de extensão “Construção participativa do Plano Museológico do Museu Casa de Cultura Hermano José”, elaborado em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
O Museu é a casa onde Hermano José morou e manteve seu ateliê, no bairro do Bessa, em João Pessoa. O imóvel e o acervo foram doados à UFPB por ele próprio, ainda em vida, em 2015. A doação compreende todo o espólio reunido por ele. O projeto se enquadra na categoria de “museu casa”, que se refere às edificações que serviram de residência e que são transformadas em museu.
De acordo com o coordenador do Museu Casa de Cultura Hermano José, Alexandre Santos, a UFPB finalizou a reforma de alvenaria, que requalificou a residência e os ambientes. “Onde eram espaços de residência se tornaram espaços de exposição. Essa reforma foi finalizada. Estamos, agora, em um processo de finalização da programação visual e aplicação da programação visual, para entrarmos na montagem do museu e na contratação e implementação do fornecimento de internet e telefonia”, informou.
Além de pintor, Hermano José era gravurista, poeta, diretor teatral, cenógrafo, funcionário público, professor de artes, professor universitário, ecologista e gestor cultural, enfim, um paraibano que fez a diferença em diversas facetas de nosso Estado.
Um dos objetivos do projeto é que o Museu se torne uma instituição de pesquisa e produção científica no campo das artes, da museologia e das humanidades, sendo incluído no circuito de museus da Paraíba para fomento ao turismo, à educação, às artes e à cultura.
“Em todo o acervo está marcado o perfil e o universo de Hermano José, em suas características artística, estética, de colecionador, de professor, de ecologista e das mais variadas dimensões e frentes de atuação pelas quais Hermano passou”, explicou Alexandre Santos.
Texto: Mariani Idalino e Aline Lins
Fotos: UFPB/Divulgação