UFPB, UEPB e Associação de Arquivistas da Paraíba realizam oficina sobre autenticidade de documentos
A arquivologia está presente no cotidiano mais do que as pessoas costumam imaginar, desde saber identificar a autenticidade de documentos ou de cédulas de dinheiro até conhecer elementos necessários para garantir a validade de documentos que são emitidos no dia a dia de escritórios e instituições. Para esclarecer esses e outros assuntos relativos a documentos, ocorre, nos dias 11 e 25 de março, das 9h às 11h, a oficina “diplomática e documentoscopia: abordagens teóricas e práticas”, ministrada pela Profa. Maria Amélia Teixeira, do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
A oficina será realizada online, em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e com a Associação de Arquivistas da Paraíba. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio de formulário eletrônico.
O evento é voltado para discentes, docentes e profissionais das áreas de arquivologia, biblioteconomia, direito, e profissionais que lidam com documentos, como os servidores da UFPB, além de todas as pessoas interessadas em aprender um pouco mais sobre as questões de autenticidade documental e sobre a correta estrutura para elaboração de documentos e requisitos mínimos de elaboração.
De acordo com a professora ministrante da oficina, é essencial saber reconhecer e identificar no dia a dia uma cédula de dinheiro, um documento de identificação, avaliar a validade de uma declaração que é cedida e os elementos mínimos necessários para que o documento seja válido, como assinatura, carimbo, data e local de produção; além de compreender se o conteúdo inserido corresponde à verdade ou não. Para isso a oficina apresentará conceitos e técnicas de diplomática e documentoscopia.
A diplomática refere-se ao estudo do suporte e conteúdo de um documento, os documentos e símbolos que conferem autenticidade e a veracidade do texto. A professora explica que a documentoscopia é voltada para a área criminalística e de perícia de documentos em processos investigativos judiciais e é uma nova possibilidade de atuação profissional para bibliotecários e arquivistas que queiram se especializar.
“Por exemplo, quando há a denúncia sobre um documento, abre-se um processo e um perito criminal da área de documentoscopia vai fazer uma análise grafotécnica acerca daquele documento, daquela assinatura, ou uma análise documentoscópica acerca do documento como um todo”, explicou Maria Amélia.
Durante a oficina os participantes terão acesso às abordagens teóricas das áreas da diplomática e documentoscopia e a oportunidade de realizar atividades práticas de análise de documentos e de grafia, aprendendo como identificar características da própria grafia em letra cursiva, como calibre, proporção, inclinação axial da grafia, espaçamento, dentre outros.
De acordo com a professora Maria Amélia, o curso de Arquivologia da UFPB é o primeiro no país a estudar a documentoscopia, ciência forense que diz respeito ao estudo e análise de documentos com o intuito de identificar sua autenticidade ou falsidade, e único curso a realizar a união entre documentoscopia e diplomática arquivística em uma disciplina.
Texto: Elidiane Poquiviqui e Aline Lins | Imagem ilustrativa: Negócio foto criado por katemangostar – br.freepik.com