Pesquisa da UFCG mapeará espécies vegetais do semiárido paraibano com apoio do Funbio

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi selecionada pelo Programa Bolsas do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

De autoria do doutorando Aldair dos Santos Gomes, a pesquisa tem por objetivo principal fazer um mapeamento de espécies vegetais da região que compreende a nascente do Rio Taperoá, no município de Teixeira, até o perímetro urbano do município de Desterro, no Semiárido Paraibano.

A chamada de 2021 recebeu 348 propostas de todo o Brasil, das quais 37 foram selecionadas, somando um total de R$ 1,14 milhão em apoio. O projeto da UFCG receberá R$ 36.328,00, com prazo de execução de janeiro de 2022 a fevereiro de 2025.

Confira aqui o resultado.

“A pesquisa é de grande importância principalmente quando se leva em consideração a área de execução tendo em vista as poucas pesquisas realizadas na caatinga. A execução do projeto dará grande contribuição no tocante ao mapeamento de espécie vegetais na região. Neste sentido, a pesquisa almeja ter como resultado subsídios técnicos e científicos capazes de contribuir para criação de modelos de gestão baseados em ecossistemas”, explica o pesquisador.

Aldair, que ingressou no doutorado em março deste ano sob orientação da professora Viviane Farias Silva, está neste momento sem bolsa da Coordenação de Pessoal de Nivel Superior (Capes). Então, a aprovação do projeto veio em ótima hora. O valor da bolsa será usado na compra de equipamentos; gastos com viagens mensais ao local da pesquisa; coleta de sementes durantes as viagens a campo para doar para a UFCG e ONGs da região onde será realizado o estudo para que as mesmas produzam mudas de árvores nativas; captura de imagens aéreas do local em estudo; elaboração de mapas de vegetação e de cobertura e uso do solo; viagens para mobilização dos participantes do workshop; realização de cursos na comunidade.sobre mapeamento e valoração de bens e serviços ecossistêmicos; análises estatísticas utilizando o software Mata Nativa; compilação de dados para uso no InVest; apresentação de resultados parciais em eventos científicos; coorientadoção de alunos de iniciação cientifica (PIBIC) e apresentação dos resultados finais aos gestores públicos locais e instituições parceiras como associações de agricultores da região.

Para o pesquisador, a aprovação do projeto é muito gratificante. “Fiquei imensamente satisfeito, principalmente, por conta das minhas raízes pessoais. Sou filho de agricultores e sempre tive muita dificuldade de ter acesso ao ensino. Por morar no interior, sou de Desterro, onde o acesso ao ensino superior público é mais difícil, então, chegar a fazer um doutorado já é um sonho e ter um projeto de pesquisa selecionado entre mais de 300 é muito gratificante. Fica o exemplo, que com a persistência é possível vencer muitas barreiras e chegar longe”, declara.

Sobre o Funbio

O Funbio é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos, que trabalha em parceria com os setores governamental e privado e a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade.

Desde o início das atividades, em 1996 o Funbio já apoiou 340 projetos que beneficiaram 278 instituições em todo o país.

Entre as principais atividades realizadas estão a gestão financeira de projetos, o desenho de mecanismos financeiros e estudos de novas fontes de recursos para a conservação, além de compras e contratações de bens e serviços. Saiba mais em https://www.funbio.org.br/

Texto: Ascom UFCG

Imagem ilustrativa: Natureza foto criado por wirestock – br.freepik.com

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